O Trabalho de Retenção e Ativação
Somam décadas de vida na Igreja e um número inestimável de amizades que se renovam semana após semana, mês após mês, ano após ano. Esse caminho tão longo, embora pareça bonito e tranquilo, é repleto de perigos e armadilhas. Alguns de nossos amigos se esforçam para permanecer no caminho estreito e apertado que nos leva à árvore da vida, enquanto outros desprezam a segurança da barra de ferro e perdem-se na névoa de escuridão de que fala a visão de Leí.
Nessa jornada encontramos alguns seguindo, outros sentados e outros desistindo, a despeito do conhecimento que temos do glorioso Plano de Salvação, que nos revela que no princípio estávamos com Deus; então escolhemos vir a esta Terra e fomos abençoados com um corpo mortal para podermos viver pela fé, nos provarmos dignos e retornar à presença de nosso Pai Celeste.
Com essas amizades sólidas experimentamos muitas emoções alegres, decorrentes de nascimentos, batismos, aniversários, conferências, ordenações, designações, despedidas e retorno de missionários, aprovação em concursos, formaturas, casamentos, selamentos, trabalhos voluntários; atividades de lazer, culturais, sociais e esportivas, mas também emoções tristes, decorrentes de perda de emprego, enfermidades e funerais.
De todas as emoções, as mais sem graça foram as que deixamos de viver juntos, porque nosso irmão mais novo, não tendo sido adequadamente nutrido, e nosso irmão mais antigo, não tendo sido adequadamente amparado, se afastaram de nosso convívio.
Quando me recordo de meus amigos da Igreja, aqueles que estão ativos, sinto humildade e gratidão pelo que fui capaz de representar para eles e pelo que eles foram capazes de representar para mim e minha família. Por aqueles que não estão ativos, sinto pesar pelo que não fui capaz de fazer para ajudá-los.
Autodeterminação, qualidade de quem é determinado, resoluto, decidido, ou seja, não se deixa esmorecer, desistir ou influenciar, e generosidade ou caridade em favor de nosso próximo, são atributos que fortalecem na melhor compreensão do eu mestre familiar e o eu líder, mais do que ter vontade incerta de realizar o trabalho, mas tendo a firme decisão de fazê-lo, independentemente dos obstáculos.
Amar nosso próximo significa estar com ele, ensiná-lo, encorajá-lo, consolá-lo e revigorá-lo como a nós mesmos, pois quando fazemos isso a um de Seus pequeninos, estamos fazendo ao nosso Pai que está nos céus.
Que possamos compreender que a visão da eternidade não se limita aos que estão em nossa presença hoje, nos bancos da capela, mas à multidão dos filhos de Deus que estão a nossa espera para serem fortalecidos e fazerem parte de nosso círculo de amigos e irmãos.
Lembremo-nos das palavras do Presidente Spencer W. Kimball, proferidas em 1º de abril de 1979: “Já fizemos pausa em algumas planuras por tempo demasiado. Retomemos a jornada, para frente e para o alto”.
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