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Não é a primeira vez que ouço a acusação de que os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias sofreram e sofrem lavagem cerebral. Apesar de ser uma acusação infundada e ridícula, pretendo respondê-la de maneira terminativa, resoluta e clara.
Lucas Guerreiro
Colunista do Sud News Brasil
1º. Quanto a origem, determinação e julgamento dos acusadores.
Aqueles que frequentemente acusam os membros da Igreja de manipuladores e manipulados, ou melhor - pessoas manipuladas que são manipuladores de outras - são ex-membros da Igreja, que foram excomungados por condutas imorais e apostasia ou pessoas com fortes sentimentos anti-mormons. Digo isso inicialmente porque todos sabemos que alguém que é antipático ou tem aversão a alguma causa dificilmenteencontrará espaço no seu discurso para apontar virtudes - de fato, muito frequentemente, ainda que não intencionalmente, realçará o que considera mais pernicioso e maléfico - e acentuará aquilo que, ao seu ver, é vil e fraudulento. Muitas vezes em sua paixão, essas pessoas, de maneira ardilosa, enganadora e calculista prestam falso testemunho com uma lábia fugaz apenas para inflamar, perturbar, condenar e se autogratificar. Elas usam como provas fatos históricos pouco conhecidos, cuja autenticidade é questionável ou elementos verdadeiros fora do contexto ou maquiados - a fim de parecerem coisa plausíveis, mas que são, na verdade, lorotas e devaneios.
Certo é que só porque alguém é contra algo e luta ardentemente por uma causa não significa que esteja sendo desonesto ou faltando com a verdade de qualquer forma. Embora nem sempre use meios adequados, algumas pessoas falam a verdade com sinceridade e boas intenções. Não estou condenando aqui os meios de transmissão da verdade. Muitas vezes é necessário energia para defender o justo, o bom, o puro e o reto. O entusiasmo e otimismo dos que se envolvem em uma causa nobre, especialmente contra o mal é algo para ser admirado e preservado. Muitos chegam a dar a vida. Assim era a força de Elias, o profeta, que drasticamente enfrentou os falsos profetas de Baal (I Reis 18). Talvez alguns questionem a intensidade com que defendeu suas ideias. Mas ele não defendia simplesmente ideias. Ele defendia Deus e a verdade. Às vezes[1] é necessário um conduta tão forte e revolucionaria quanto a dele. O Salvador usou chicotes para defender a santidade do Templo (Mateus 21:12-13, João 2:13-14) e os nefitas espadas em defesa de suas famílias e religião (Alma 46).
A bravura, a persistência, o vigor e a coragem porém, nem sempre são atributos divinos. Quem poderá negar que o diabo e seus servos são pouco diligentes? Portanto, a mera determinação não qualifica uma causa como boa e verdadeira. O diabo, na realidade, esta tão determinado em levar o homem para o inferno quanto Deus o esta para levá-lo aos céus.
Assim, a luta dos injustos parece tão motivada quanto a dos justos. Desse modo, não se pode julgar apropriadamente uma pessoa somente por sua eloquência ou sinceridade como a mais correta, justa e certa. Os argumentos inflamados comumente merecem o filtro da dúvida.
Todos sabem disso. Um torcedor fanático pode falar bem do time adversário? Um filosofo que se prende a uma teoria pode explicar com os mesmo brilho e encanto as muitas outras? Uma musicista apaixonada por um ritmo e certo instrumento musical consegue apreciar, em sua totalidade e mágica, todos os outros instrumentos, sem preconceito algum? Por mais que o homem tente ser neutro e dar uma sentença desvinculada e totalmente imparcial e isenta isso é impossível. Só os positivistas mais doentes poderiam afirmar que uma total e completa divisão das ideias e ideias é realizável e sempre bem-vinda. Todavia, por mais que nos esforcemos, acabamos considerando tudo e todos ao nosso redor com o prima subjetivo de nosso próprio ser. As experiências que temos ao decorrer da vida - as boas e ruins - e as forças invisíveis a nossos olhos que nos influencia - além de nossa capacidade de raciocínio e método de aprendizado - acabam nos concedendo paradigmas e perspectivas diferenciadas. O grande mandamento de não julgar já foi traduzido, para nosso melhor esclarecimento, como o de tomarmos cuidado quando julgamosporque com o mesmo juízo que julgarmos seremos julgados[2] (Morôni 7:18). Assim, todos julgam. E é bom que o façam. Por que é covarde aquele que se esconde no aparente confortável terreno do ceticismo e descrença - apenas para não se comprometer com uma causa - evitando assim as responsabilidades inerentes a conversão.
Agora uma questão importante é julgar corretamente. Estariam os homens que acusam os mórmons de deturparem a mente da humanidade corretos? Estariam eles, pro mais veementes que fossem julgando corretamente?
Ora, para julgar corretamente neste caso não basta respeitar alguma forma pré-estabelecida - como no caso de um juiz togado que segue os procedimentos legais. Deve-se buscar a essência, a justiça, a equidade. Deve-se buscar uma revelação dos céus. Mas esse é exatamente o ponto em que os críticos nos atacam. Portanto, pelo menos por ora, a solução seria ouvir o outro lado. Usando um princípio bem conhecido pelos juristas: o contraditório.
O grande problema dos que acusam a Igreja de fazer lavagem cerebral (e de outras coisas também) é que eles não estão dispostos ao ouvir a resposta que temos.. E pior: não querem que ninguém mais a ouça.
Veja Mais me....http://lucasmormon.blogspot.com.br/
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