JORNALISMO ONLINE & A FAKE NEWS - PESQUISA UNIVERSITÁRIA



''Em meio a este tipo de cenário, as famosas Fake News causam impacto. Em outros tempos, talvez, as chamássemos de rumores, sátiras ou, até mesmo, propagandas.'' 







Os seres humanos tiveram tanta informação, a tão fácil alcance, nem as sociedades estiveram tão interconectadas. Tudo isso aconteceu a uma velocidade em que a atual geração de idade média – 40/50 anos – foi testemunha da maior revolução tecnológica da humanidade. Isso pode ser dito rapidamente, mas a reflexão sobre o assunto é limitada. 




RAWANE SALLES - 
ESTUDANTE DE PUBLICIDADE


O mundo está diante de uma capacidade impensável de aproveitamento prático do conhecimento científico há um par de décadas. A imaginação foi a faísca que acionou o motor de realizações transformadoras. Estamos diante do mesmo dilema em tempos de Internet, redes sociais, informações em tempo real e dispositivos que permitem – ou obrigam – a estar permanentemente conectados, com a diferença de que não há uma estação onde possamos descer deste mundo que, além de dinâmico, é invasivo. Se, como indivíduos, temos pouco espaço para discernir ou meditar sobre as influências que estas novas realidades têm em nossas vidas, como sociedade, muito menos. Como é difícil, enquanto coletividade, refletir sobre o que racionalmente tem sentido diante dos componentes emocionais que uma imagem ou um meme, não apenas valem mais que mil palavras, mas tornam impossível que se produza argumentos ou que venham a lê-los antes que uma “opinião geral” já esteja formada.


Em meio a este tipo de cenário, as famosas Fake News causam impacto. Em outros tempos, talvez, as chamássemos de rumores, sátiras ou, até mesmo, propagandas. O que elas causam é um forte impacto, principalmente pela massiva divulgação e por encontrar audiências férteis, que as aceitam sem contestar. A força do rumor ou mentira está na credibilidade daqueles que as propagam. Hoje, essa força está no que, fácil e massivamente, se distribui e no desejo daqueles que as recebem, em acreditar. Tanto é assim que o reconhecido criador de notícias falsas, Paul Horner, disse: “Acho que Donald Trump está na Casa Branca por culpa minha” e, nos Estados Unidos, não foram poucos os analistas que deram valor determinante a isso na última disputa eleitoral. Vale ter em conta que a maioria das notícias falsas não têm nenhuma gênese ideológica, política ou proselitista. Depois, que a sua distribuição é outra questão, mas sua origem é principalmente crematística. A reveladora investigação do jornalista Samanth Subramanian trouxe à tona o caso do menino em Veles, cidade da Macedônia, que com dois sites pró-Trump, chegou a cobrar US$ 4 mil de publicidade on-line, do tipo AdSense, do Google. O jornal The Guardian revelou que em Veles, de 55 mil habitantes, foram registrados mais de 100 sites pró-Trump, com conteúdos sensacionalistas. Quando Subramanian entrevistou o menino macedônio, descobriu que ele não tinha nenhum interesse em saber se Donald Trump ganharia ou perderia as eleições, tudo o que ele queria era ganhar dinheiro.

A realidade é complexa e intimidadora. Os avanços tecnológicos, postos a serviço da humanidade, exigem reflexão. Se a esta realidade agregarmos ainda os interesses daqueles que se beneficiam com a mentira, a manipulação, a demagogia e o populismo, ao cidadão restam poucas ferramentas para se defender e proteger a democracia. O principal, como em outras ocasiões na história, é a liberdade associada ao exercício de um jornalismo livre e independente. Se esta liberdade é preservada, as outras estarão salvaguardadas. 

Em meio a isso, é importante também destacar que as fake news são construídas de forma a carregar uma série de características de notícias verdadeiras. Ou seja, temos categorias específicas para tipos diferentes de fake news que variam de sátiras com objetivo de entreter públicos, que é o caso de portais como o Sensacionalista, passando por notícias fora de contexto e textos com fatos reais integrados a mentiras com o objetivo de prejudicar ou desinformar. Em meio a tantas formas e características, quem mais consegue filtrar as informações e se orientar por instituições sólidas como a mídia e uma gama de meios alternativos independentes sólidos, como agências de checagem de fatos, é quem menos é impactado ou convencido por fake news. Consequentemente, é quem menos propaga notícias falsas.

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ARTIGO 01 

 PESSOAS MAIS VELHAS COMPARTILHAM MAIS FAKE NEWS

''Até que ponto um boato espalhado nas redes sociais tem credibilidade? Em algumas situações, as chamadas fake news são difíceis de serem verificadas. Em outras, as notícias falsas podem gerar desconfiança do leitor. De acordo com um estudo americano, pessoas mais velhas, que não nasceram na era digital, têm mais dificuldade em fazer essa distinção...''  




ELIAS ROZENDO 
ESTUDANTE DE PUBLICIDADE & JORNALISMO


A análise das universidades de Princeton e Nova York, publicada pela revista Science Advances em janeiro deste ano, avaliou o perfil de 3,5 mil internautas no Facebook durante a eleição presidencial de 2016 nos Estados Unidos. Aqueles que têm idade superior a 65 anos compartilharam sete vezes mais notícias falsas do que aqueles com idade entre 18 e 29 anos.  A mentira na internet se torna viral em questão de segundos. Whatsapp e FACEBOOK são redes sociais de difícil aprendizado para gerações que não são ‘nativas digitais’. E essa falta de conhecimento das pessoas mais velhas pode ser uma das responsáveis pela viralização das fake news por parte dos idosos.

O professor de Jornalismo do Centro Universitário Internacional Uninter Alexsandro Ribeiro destaca a baixa relação que os mais velhos têm com a tecnologia: “O contato com a máquina, com o aparato tecnológico e com sua linguagem. A barreira do aprendizado vinculado ao excesso de informação do meio dificulta. O desconhecimento ou pouca proximidade com a cultura digital, ou seja, com o ambiente em que se circula ao se apropriar da tecnologia para navegar em cenários digitais e virtuais é parte da explicação”. Apesar da dificuldade das pessoas mais velhas com a comunicação através das redes sociais, é possível prevenir certos problemas para além da viralização das notícias falsas, como evitar certos golpes que os idosos sofrem. Acompanhe a entrevista com o professor de Jornalismo do Centro Universitário Internacional Uninter Alexsandro Ribeiro. 



Por que, de acordo com a pesquisa, pessoas mais velhas espalham mais fake news?

O cenário da pesquisa nos indica ao menos dois pontos. Um deles é a baixa relação que os mais velhos têm com a tecnologia. O contato com a máquina, com o aparato tecnológico e com sua linguagem. A barreira do aprendizado vinculado ao excesso de informação do meio dificulta. Isso resulta no outro ponto, que é no desconhecimento ou pouca proximidade com a cultura digital, ou seja, com o ambiente em que se circula ao se apropriar da tecnologia para navegar em cenários digitais e virtuais. Esse ambiente, com suas características, comportamento e fala específicos, cria situações em que pessoas com pouco conhecimento deste meio, em grande parte a população da terceira idade, ficam à mercê da manipulação de terceiros. O resultado da pesquisa se consolida junto à população da terceira idade, em comparação aos mais jovens, independentemente do espectro político, da classe social ou do grau de instrução educacional. Nos indica que é algo muito mais do comportamento do ambiente e da pouca relação com suas regras. Isso não é apenas no compartilhamento de mentiras, mas percebe-se também em casos de ataques de vírus ou de armadilhas cibernéticas envolvendo doação de dinheiro ou contas bancárias. Essa falta de percepção de uma cultura do meio faz com que existam conflitos e uma interpretação equivocada dos valores e línguas faladas neste ambiente. Assim, curtir postagens e compartilhar informações no meio online são medidas enfrentadas de formas distintas por gerações diferentes. Enquanto que os mais jovens não percebem uma barreira entre o que se passa no mundo real e no virtual, como se um fosse continuidade do outro, para gerações não nativas, é como se esse espaço fosse algo meramente online, muitas vezes sem reflexos na vida prática. 



Esse comportamento é semelhante em todas as redes sociais?

A pesquisa foca no uso do Facebook, mas de alguma forma podemos perceber o compartilhamensto de fake news também no Whatsapp, sobretudo pelo grau de viralização que o meio permite e pela descontextualização. Ou seja, no Facebook, links e outros documentos podem manter os rastros mais evidentes, e com isso permite, ainda que de forma menos evidente, verificar alguns pontos de origem ou alguns traços que denunciem a falta de veracidade da informação e até a origem do foco de compartilhamento. No Whatsapp, isso fica mais diluído e acaba se perdendo como o reencaminhamento de conteúdos. Um texto que originalmente é retirado do jornal ou de qualquer outro lugar pode ser comparado no meio, ou seja, as pessoas começam a perder o ponto de comparação que seria mais evidente, como diagramação do meio, recursos multimídia e demais elementos. No Twitter isso ocorre em menor escala, pelo próprio ambiente que é mais seleto em termos de usuários. Não em sua totalidade, mas pode-se perceber um aspecto maior de conexão dos usuários e de conexão com a linguagem e ambiente digital, quer seja pelo fato de que o fluxo de informação é menos intuitivo que nas outras redes, ou ainda por ser mais informativo e menos contemplativo e de entretenimento.



Podemos entender que, por vezes, falta uma certa 'malícia' em distinguir as notícias verídicas e as falsas por parte da população idosa? É meio que pensar no copo meio cheio e o copo meio vazio. Podemos dizer que falta atenção e cuidado, e na outra ponta podemos apontar sobre confiança nas pessoas e nas informações. De fato, o excesso cega um pouco e desnorteia o internauta em meio a tanta informação e de uma forma frenética. Ainda mais quando não se é habituado a isso. Cenários políticos, momentos de catástrofes, situações de comoção ou principalmente de impacto social e que promovam uma tensão entre as pessoas são os cenários mais prósperos para o surgimento e consequentemente o compartilhamento de notícias falsas. 


CONCLUSÃO


WESLLEY MARKES
ESTUDANTE DE PUBLICIDADE & PROPAGANDA

Concluímos que, hoje em tempos tecnológicos, a repercussão de falsas noticias seja elas em redes sociais ou até mesmo em jornais online onde tendem a serem pretenciosos ou sensacionalista, acabam tendo tal repercussão por meio de usuários que acreditam em qualquer coisa que veem na internet; e acabam compartilhando, dando a crer para outros usuários que compartilham do mesmo meio, que tal noticia seja verdade.
Percebemos que um publico em especifico tende a acreditar nas falsas notícias, público idoso que utilizam as redes sociais que por costume, não trabalhando o senso critico para poder diferirem que tal noticia seja verdadeira ou falsa; e acabam dando credibilidade a repercussão dessas falsas noticias que por si só acabam chegando em outros públicos que acreditam que sejam verdade, através das redes sociais, que não possuem um filtro tal como o WhatsApp e o Facebook. Ambos possuem uma facilidade de poderem ter a publicação de uma noticia falsa ou um encaminhamento da tal para outros usuários, que recebem esses compartilhamentos atingindo a rede de usuários ou a comunidade onde esse usuário vivem.
Usuários da terceira idade compartilham mais notícias falsas, devido o desconhecimento ou pouca proximidade com a cultura digital, ou seja com o ambiente em que se circula ao se apropriar da tecnologia para navegar em cenários digitais e virtuais. Esse ambiente, com suas características, comportamento e falas específicas, cria situações em que pessoas com pouco conhecimento deste meio, em grande parte a população da terceira idade, ficam à mercê da manipulação de terceiros.
Para podermos acabar com essa repercussão de falsas noticias, devemos trabalhar com todos os usuários, sejam eles de meia idade, idosos ou jovens. Devemos desenvolver o senso critico desde de pequenos, que por mais que o meio em que a notícia for dada, não devemos acreditar 100% nela e ter a finalidade de procurar e pesquisar outras fontes.

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UNIVERSIDADE UNIBAN ABC / ANHANGUERA 
PESQUISA EM COMUNICAÇÃO - PROF. DARLY GONÇALVES   // 3º SEMESTRE

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