BUSINESS: COMPANHIAS AÉREAS PODEM DECRETAR FALÊNCIA POR CORONAVÍRUS, DIZ DIRETOR GERAL. LEIA.
A pandemia de novo coronavírus esvaziou aeroportos e cancelou importantes eventos culturais e esportivos em todo o mundo, o que tem provocado prejuízo para vários setores. O cenário eleva o risco de falência para mais companhias aéreas, segundo o diretor-geral da Iata (Associação Internacional de Transportes Aéreos), Alexandre de Juniac.
"Se a crise continuar por mais dois ou três meses, nós vamos ver companhias quebrando por dificuldades financeiras, o que levará também a concentração no mercado e menos oferta", afirmou Juniac, após a britânica Flybe pedir recuperação por conta dos prejuízos causados pelo COVID-19.
O diretor-geral da Iata ainda informou que pediu ajuda aos governos do mundo inteiro para lidar com a pandemia, que está atingido em cheio o setor aéreo. A situação pode ficar ainda pior, já que o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou restrições aos voos entre Europa e Estados Unidos durante 30 dias. A medida atinge mais de 6,7 mil voos - o que corresponde a 11% do tráfego aéreo mundial.
A medida esvaziou os aeroportos de 26 países da Europa. Do outro lado do Oceano Atlântico, o terminal de Los Angeles, o quinto mais movimentado do mundo, tem tido dias atípicos, com saguões quase vazios.
Mundo afora, a situação se repete nos principais aeroportos globais. Na China, o fluxo de passageiros caiu mais de 84% só no mês de fevereiro. Isso representa um prejuízo de US$ 2,9 bilhões para o país. Também na Ásia, em um dos aeroportos de Seul, na Coreia do Sul, não houve voos internacionais pela primeira vez em 40 anos.
Sem revelar valores, a companhia aérea de Hong Kong, Cathay Pacific, anunciou que está esperando uma perda substancial na primeira metade desse ano, já que teve de reduzir sua capacidade de operação por causa da doença. Dezenas de aviões da empresa estão estacionados no Aeroporto Internacional de Hong Kong. Nos terminais, os check-ins estão praticamente vazios.
Outra que enfrenta problemas é a sul-coreana Korean Air. Em comunicado aos funcionários, a companhia afirmou que o novo coronavírus ameaça sua sobrevivência. A empresa cortou mais de 80% da sua capacidade internacional e deu férias coletivas para alguns colaboradores.
No Reino Unido, a British Airways usou o mesmo tom. O diretor-geral da companhia comunicou aos funcionários planos de cortar postos de trabalho e reduzir o número de aviões no ar para lidar com a crise. A Norwegian Air suspendeu mais de quatro mil voos e afastou metade de seus empregados.
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